UM POUCO DO POUCO DE MIM...

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São Vicente, São Paulo, Brazil
Uma jornalista que ama literatura e muito viaja nos poemas de Fernando Pessoa-"todos eles".Alguém que ainda gostaria que "o mundo fosse perfeito e todas as pessoas felizes"

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

VIDAS

Como sempre é silêncio agora e não importa a hora, será sempre silêncio nessa alma de sofreguidão e desatino que reservei para usar nessa caminhada terrena.
Nada aprendi em outros vidas e vim caminhando errando em todos os tempos por onde andei.
Agora mais um erro e tentando acertar meus passos, tropecei no amargo gosto do mal viver. Preciso recuperar a caminhada perdida,mas sou muito pequena e não compreendo os sinais que a mim são indicados a todo momento de conflito.
No que me apego, me desgasto e sofro por não querer entender que na vida as coisas carecem de serem conquistadas sem o deslumbramento do amor. O amor alegra a alma, mas se muito dele esperamos, o peito arde em conflito, assim como se encontra o meu hoje.
E eu que misturo alma,coração e saudade, esqueço que viver querendo um grande amor é desentoar um cântico que a gente pensa que sabe e não lê a partitura...e erra.
Mesmo assim, ainda sigo nessa vida procurando o alento que o amor pode vir me trazer um dia. Ainda procuro em outras almas a luz que me trará a calmaria que busco, a alegria perdida, o amor que penso ser eterno.

Christianne Rodrigues

MORTE DOS SONHOS

É verdade que os sonhos morrem. Eu já presenciei a morte de vários meus e continuo a senti-los  desfalecerem a cada golpe que as palavras grosseiramente ditas ferem.
Agora nada mais a fazer que continuar caminhando em busca de mais outro sonho que ,brevemente,num tempo inesperado, também irá morrer.
Nada espero mais da vida que tantos desenganos mostra e a gente segue correndo atrás de algo que se imagina, mas no fundo nunca é.
Eu coleciono derrotas e decepções e num cantinho escondido do bolso,naqueles em que só a gente sabe onde encontrar de pronto,guardo meus mais profundos arrependimentos que só a mim são visíveis.
Estou cansada dessa batalha contra a morte dos meus sonhos , sei que já não tenho estrutura para mais uma caminhada perdida. Na verdade olho para os lados e não vislumbro esperanças. Essas já são há muito perdidas.
E os meus sonhos seguem assim,morrendo e me entristecendo na mais profunda angústia. Dilacerados aos montes,cortados pelas palavras ásperas, ditas de bocas que apenas enganam sonhos, fingindo serem mágicas um dia...

Christianne Rodrigues