Primavera ou Verão ?
Freud Explica?
Sim, ele explica, mas se você não entendê-lo, pergunte a
nossa amiga psicóloga, que ela traduz.
Considerando que há uma pessoa que
exerce um domínio sobrenatural sobre você: te anulando, te destruindo, te
impedindo de ser feliz.
Considerando que as tuas
explicações sobre este assunto são tão absurdas, que chega a extremos de você
acreditar na tua própria mentira.
Considerando que Édipo ficaria
perplexo se te conhecesse.
Considerando que você não quer ser
amada e sim usada.
Considerando que você não se goste,
como é que você pode gostar de alguém?
Considerando que todas as minhas
atitudes foram sempre espontâneas, que não tenho máscaras.Nem desculpas posso
te pedir, porque, como disse Newton: “Para cada ação há uma reação”. E você
mereceu todas as minhas reações.
Considerando que para ser feliz no
amor, é necessário estar liberto de traumas amorosos do passado. E, admitindo
que o meu amor não foi o suficiente para apagar as tuas amarguras, e nem curar
da tua doença, decidi sair DEFINITIVAMENTE da tua vida.
Renunciar é ter a grandeza de
reconhecer que a gente se sente pequeno, quando não nos fazemos amar. E aí me
lembro de uma frase de Ovídio: “É necessário tanto talento para conservar as
conquistas, quanto para fazê-las. Para conquistar, o acaso ajuda. Conservar é
uma obra de arte”.
Renunciar e desprender-se de todo o
egoísmo, dando oportunidade a quem amamos, de ser feliz com outra pessoa.
Renunciar não é resignação ou
covardia. É, antes de tudo, tentar até o limite das forças e, quando tornar-se
humanamente impossível, não devemos deixar criar raízes, que não sejam em nome
do amor recíproco, tipo: Comodidade, hábito, contato, posse, etc.
Renunciar é elevar-se, e, ao mesmo
tempo, diminuir o sofrer, porque sofremos quando estamos longe de quem amamos.
Mas sofremos muito mais enquanto estivemos perto de quem não nos amou.
Renunciar é refletir, que são
aquelas pequeninas lágrimas derramadas por amor, que nos tornam pessoas
grandes.
Renunciar é meditar sobre as
palavras de Vinícius de Moraes: “A vida é a arte do encontro, embora haja
tantos desencontros pela vida”. E aí, lembro com muito carinho de você, que de
certa forma, és também como eu, não encontrando o teu encontro.
Renunciar é ficar triste por quem
não sabe que é infeliz quem não entendeu, que no fim da relação, quem mais
perdeu foi e sempre será quem menos se deu.
Renunciar não é nada, se
compararmos que a pessoa amada é pouca no mundo, mas torna-se tudo, quando este
pouco era todo o nosso mundo.
Renunciar é ter a dignidade de
partir sem mágoas ou rancores, deixando uma porta aberta para uma sincera
amizade.
Renunciar a quem amamos, não é
renunciar ao amor, é ter a certeza de que age com caráter e lealdade, um dia o
encontrará
E eu estarei sempre em busca, serei
sempre uma apaixonada pelo amor. E só as pessoas apaixonadas são apaixonantes.
E, mesmo que nunca mais eu encontre
o amor, valeu, mas valeu mesmo ter te amado. Porque aí eu fico com as palavras
de Mahatma Gandhi : “A plenitude do amor de um só homem, neutraliza o ódio de
milhões”.
Renunciar a quem amamos é tão
sublime, que é mais do que morrer de amor. Porque a morte não é a perda maior.
A perda maior é a pessoa amada que enterramos dentro de nós, enquanto vivemos.