CALENDÁRIO

Eu espero ver na parede pendurado agora, um calendário livre de dias mal vividos.
Ao olhar nesses dias e contar o espaços, rever neles os momentos maravilhosos apenas e marcar neles as pessoas que me presentearam com lindas passagens e ternas feições, sejam de amor, amizade ou qualquer desses sentimentos nobres que nos fazem bem a alma.
Estampando nos dias da semana viriam as cores mais lindas em que o sol brilha por entre as nuvens , clareando os caminhos dos dias vividos nesse marcador de tempo feliz.
No meu calendário não precisaria feriado, temos corações e estes podem ser livres todos os dias, desde que nos mesmos saibamos direcioná-los...
No meu calendário a vida seguiria todos os dias sem coisas tristes, pensamentos ruins, pessoas negativas ou sentimentos destruídos.
É assim que sonho meus dias, minhas horas, meus minutos e segundo. É desse jeito que queria passar o tempo , contemplando nesse calendário alegórico a felicidade das décadas bem vividas e dignamente relembradas.
No entanto meus dias passam e eu vislumbro no calendário pendurado na parede morta da minha existência  , todos os desejos que ficaram presos, naqueles dias tão mal vividos, no passar do tempo que só tenho perdido...

Christianne Rodrigues

CÁ COM MEUS BOTÕES AGORA....

É chegada a hora de decidir um rumo e endireitar o prumo.Estou pensando nos fatos sem esquecer a história construída, sem pensar na vida inacabada e nos sonhos que se foram, se se tornarem realidades.
Sinto muita falta do que fui em vários momentos e juntando todos, talvez não construiria uma vida inteira de emoções contidas.
Nesse momento olho para dentro de mim procurando soluções para situações ,muitas delas até mesmo nem vividas....E isso vai "malucando" minha cabeça, deprimindo meus sentidos.
Queria tanto tanta coisa nova, tanta coisa velha, tanta coisa nem pensanda ainda, dentro do meu eu.
Queria tanto...
Sei que preciso respirar algo bom, tirar o ar pesado desta alma que apenas caminha e não volta mais. Que apenas olha prá frente sem pensar ,sem amar, sem dormir, sem viver.



Christianne Rodrigues