MEDO

Eu sinto hoje aquele levante amargo dentro do peito que um dia senti e me feriu,
Eu tennho hoje alguns cabelos brancos e a pele já se indo prá dizer que estou partindo.
Eu vivo hoje de lembranças tão contidas e doidas que já nem sei mais onde guardar,de tantas
Eu teimo que hoje eu não saiba mais nada de mim,e me perca definitivamente para nunca mais me achar.

O medo daquela angustia sem fim, retornando prá dentro de mim me tira novamente a vontade de viver
Eu já sei o que é,eu já sei como dói, eu já sei como sangra,eu já sei como mata.
Mas não sei como cura ou se cura algum dia.

DEPOIS DO FIM

E como lhes disse ontem, hoje eu morri.
E o que guardo de mim ,nem lembranças posso dizer ou mostrar.
Aqui dentro tudo se foi e eu não encontro motivos para voltar a viver.
A morte foi certeira no peito que já se cansou e foi como uma única agonia.

Fechei os olhos e esperei o meu ultimo suspiro que dessa vez não foi por ninguém.
E fui morrendo lentamente dentro do meu eu tão conturbado e desanimado.
Não queria sentir ,por isso parti e vou nessa longa caminhada ao desconhecido de mim.
Se na verdade nunca soube quem eu era, não será difícil a morte.

Acabou o medo, agora começa a vida solitária de quem anda sem destino nas noites
De uma alma que não espera nada, apenas a dor do que foi vivido e sentido na carne.
Levo comigo aqui dentro apenas meus versos que compus,muitos deles chorando
E ninguém que ganhou um deles nunca conseguiu senti-los

Uma sombra me acompanha agora,gélida na penumbra da noite fria.
Não sei o porque me acompanha se nem eu mesma sei para onde vou.
A morte me entrega ao que sempre procurei em outras passagens
A morte é o fim da caminhada sem graça e sem rumo que se tornou a MINHA VIDA.

Bobagens

Hoje a tristeza veio aqui e eu a recebi
Mandei ela sentar, servi um café bem amargo e chorei
Ela não me olhou e nem me abraçou, foi seca como seca é a vida
Mas veio me visitar mesmo assim e eu a recebi, mesmo assim.

Eu já não podia mais ser feliz em nenhuma instância,em nenhuma circunstância,
Quando a gente abandona, também nos abandonam, também nos esquecem...
E eu fiz tudo ao contrário tentando não deixar de amar ninguém
É que o amor é meio inconstante e ninguém entende isso....

MORTE...

Amanhã eu não vou acordar
E tudo o que,de certo, eu sonhar essa noite será o minha derradeira lembrança.
Já estou no meu reino, reino que muito quis ter e que hoje está abandonado
Está tudo abandonado nesse reino perdido e eu mais perdida nele.

Mas , de certo, eu não vou acordar,
Porque não vejo mais sentido na vida e já estou pronta prá ir
Andei me preparando por muito anos nesses ultimos anos,
Andei me preparando para muitos amores nesses ultimos romances


E agora que cheguei a conclusão de que não preciso mais amar, quero desamar, partir, seguir
Então amanhã será um lindo dia de chuva,assim como chovendo está dentro e mim...
E triste está essa chuva assim, molhando o que vejo lá atrás, e o que não quero mais ver
Cansei de tudo...É fato absoluto e eu nã tenho mais como voltar atrás....

Agora é tarde prá ser feliz, amar e querer o que talvez eu nunca tenha tido.
A vida está passando, todos são felizes...Menos eu....
A vida tá nascendo e todos estão felizes...Menos eu que tanto quis...
A vida tá morrendo e eu também....

IÔ-IÔ

Eu não vou mais lutar por nada que não queira ser meu também, assim como eu quero muito.
Essa guerra é injusta , seus movimentos inglórios e o coração só se arranha dentro do peito.
Existe uma forma de caminhar em paz e eu tento seguir nessa reta, mas os caminhos estão escuros
E prá falar a verdade o lobo mau anda passeando aqui bem perto. E eu tenho medo!!!

E eu agora vou parar de escrever as emoções contidas, pq tem um chatitos aqui do lado querendo que eu procure na internet as manobras do iô-iô. e vamos fazer cachorrinho, trapézio e vai-e-vem que é melhor que divagar sobre o que já se perdeu...
Sobre o que vai, mas não virá nunca mais...Como um iô-iô que se parte no meio de uma manobra.....

Perder...

Ante o espaço que agora fica
Existe a marca no meio do nada
Tudo repele e se vai, para onde eu não sei.
E esse gosto de quase partindo, indo que fica latejando aqui dentro.

Não consigo me mover, ainda que eu tenha sim, para onde ir.
E esse oco no escuro que está latente na alma, chora.
A impressão que tenho agora é que me tornei um espírito que apenas perâmbula pela casa.
Pela tua casa.

O que ficou disso tudo não consigo perceber mais
Não existe o nosso , agora é o seu, o meu e quem sabe até  nem mais isso.
A dúvida de ir ou não cresce a cada hora, minuto, segundo ao seu lado
Ao seu lado ? Nem mais isso....Estranho...


Estranho todo esse aroma se perder e não saber para onde ir
Estranho teu corpo passear e eu não conseguir tê-lo
Tua boca fugir e eu suplicar um último naco de emoção
Tua alma sumir e eu perceber em seus olhos, que teu coração,na verdade, está em outro lugar.