Conversando com minha psicóloga sobre medos,expectativas,cotidiano,relações,amores,desamores,profissão,futuro,vida e MORTE,ela me pediu que descrevesse a DEPRESSÃO.
Seu objetivo,depois ela veio a me explicar que era saber como eu entendia algo que eu sentia...Algo que me acompanha há anos e que somente agora percebi o quanto tenho que afastar de mim...DEPRESSÃO.
Não soube lhe explicar de pronto. E por incrível que pareça,tentei definir dentro de mim algo que sinto,me entristece me deixa jogada como num canto escuro e frio dentro de mim mesma.
Certo tempo pensei estar ficando louca...Mas não. Sei que tenho apenas um estado de espírito mais cauteloso na hora de sentir do que algumas pessoas que me cercam...E não adianta querer me comparar com alguém de caráter fraco..Não, não é isso...Apenas sinto e sinto com uma leveza mais profunda as coisas que me invadem...
Uns..e esse "uns" são muitos, afirmam como se me acusasem, num trinunal de inquisição, que "gosto de me fazer de vítima...sempre"...Ah! Se eles soubesse o que realmente sinto,o que realmente passa dentro de mim,nas horas em que "me faço de vítima"...Eu sinto algo que não gosto e garanto que se pudesse viveria de uma outra forma...Se eu pudesse retornaria a algumas pessoas o mesmo sentido e ações que vivo ...e quase morro,recebendo por aí...Talvez isso seja a DEPRESSÃO.
Talvez a DEPRESSÃO seja isso,encolher dentro de vc mesmo o que na verdade deveria estar explícito no olhar...
Enfim...Cheguei a conclusão ,lendo a letra de uma música do Lobão,que DEPRESSÃO não é nada mais nada menos do que o que ele tão bem descreveu através desses versos. Versos de uma música que conheço desde os 15 anos,mas,que só esses dias prestei atenção,como alguém que passa por tudo isso que ele descreve em sua poesia...
Mas "não tento me matar"...Pelo menos essa noite NÃO...
Essa Noite Não(ou prá mim ela deveria se chamar DEPRESSÃO)
A cidade enlouquece sonhos tortos
Na verdade nada é o que parece ser(pura verdade do meu cotidiano)
As pessoas enlouquecem calmamente
Viciosamente, sem prazer ( e não percebem..se acham normais..)
A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão ( tenho certeza que é...palavra de uma depressiva)
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar(ainda não tentei...Talvez n tenha achado algo que merecesse a minha morte)Pelo menos essa noite não
As cortinas transparentes não revelam
O que é solitude, o que é solidão (tbém não consegui diferenciar...)
Um desejo violento bate sem querer
Pânico, vertigem, obsessão (isso mesmo é a DEPRESSÃO..DEPRESSÃO...DEPRESSÃO)
A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar
Pelo menos essa noite não
Tá sozinha, tá sem onda, tá com medo (sempre estou...ainda que muito bem acompanhada)
Seus fantasmas, seu enredo, seu destino
Toda noite uma imagem diferente
Consciente, inconsciente, desatino
A maior expressão da angústia
Pode ser a depressão
Algo que você pressente
Indefinível
Mas não tente se matar
Pelo menos essa noite não
O QUE DIZER SOBRE O QUE VAI NA MINHA MENTE SE AO CERTO NEM MESMO EU SEI ? APENAS ESCREVO E VIAJO NESSA COMPLEXA MENTE QUE NO FIM NEM SAI DO LUGAR, PARA LUGAR ALGUM.
UM POUCO DO POUCO DE MIM...

- CHRISTIANNE RODRIGUES
- São Vicente, São Paulo, Brazil
- Uma jornalista que ama literatura e muito viaja nos poemas de Fernando Pessoa-"todos eles".Alguém que ainda gostaria que "o mundo fosse perfeito e todas as pessoas felizes"
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
LÍGIA
Hoje vinha eu para o trabalho,como sempre faço e no controle do meu carro,viajo o pensamento,enquanto espero o sinal que não abre,a fila que não anda,os motoristas que não correm,inclusive eu que odeio até volante de carro...
Enquanto espero o movimento começar sua rotina toda outra vez,observo o mar ao meu lado direito que insiste em chamar minha atenção,num vai e vem de ondas que me intriga a vida...
Me desligo do mundo lá fora e fixo apenas o olhar na paisagem infinita do mar que me intriga...
De repente uma música toca na rádio Litoral FM,e eu me emociono ao som que entra e invade meus ouvidos,meus sentidos...E acho que a única coisa que ela não poderia ter invadido,assim como muita coisa que de mim se aproximou,foi os meus sentidos...
Quando nos deixamos invadir os sentido ficamos a mercê de sorrisos falsos,carinhos sem expressão,vidas sem almas...
Bom..Mas voltando à música que me invadiu...E prestando atenção na letra de Jobim,tão bem sentida na voz do Chico...Comecei a chorar...Um choro misto de emoção com jeito de "tapa na cara"....E Lígia era o seu nome....
Lembrei de muitas coisas que fizeram presentes em minha vida...Lembrei de muitas Lígias...E num momento da música ,metaforicamente falando,lembrei de uma Lígia...Lembrei de uma Ligia e chorei....
LÍGIA
Ligia
Chico Buarque
Composição: Tom Jobim
Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba
Não vou à Ipanema
Não gosto de chuva
Nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei
Desliguei, foi engano.
Seu nome eu não sei,
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer
Não, Lígia, Lígia.
Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um choop gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão
O seu nome rasguei
Fiz um samba-canção
Das mentiras de amor
Que aprendí com você.
Lígia, Lígia.
E quando você me envolver nos seus braços serenos
Eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo
Que um raio de sol
Ligia, Ligia.
Enquanto espero o movimento começar sua rotina toda outra vez,observo o mar ao meu lado direito que insiste em chamar minha atenção,num vai e vem de ondas que me intriga a vida...
Me desligo do mundo lá fora e fixo apenas o olhar na paisagem infinita do mar que me intriga...
De repente uma música toca na rádio Litoral FM,e eu me emociono ao som que entra e invade meus ouvidos,meus sentidos...E acho que a única coisa que ela não poderia ter invadido,assim como muita coisa que de mim se aproximou,foi os meus sentidos...
Quando nos deixamos invadir os sentido ficamos a mercê de sorrisos falsos,carinhos sem expressão,vidas sem almas...
Bom..Mas voltando à música que me invadiu...E prestando atenção na letra de Jobim,tão bem sentida na voz do Chico...Comecei a chorar...Um choro misto de emoção com jeito de "tapa na cara"....E Lígia era o seu nome....
Lembrei de muitas coisas que fizeram presentes em minha vida...Lembrei de muitas Lígias...E num momento da música ,metaforicamente falando,lembrei de uma Lígia...Lembrei de uma Ligia e chorei....
LÍGIA
Ligia
Chico Buarque
Composição: Tom Jobim
Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba
Não vou à Ipanema
Não gosto de chuva
Nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei
Desliguei, foi engano.
Seu nome eu não sei,
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer
Não, Lígia, Lígia.
Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um choop gelado em Copacabana
Andar pela praia até o Leblon
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão
O seu nome rasguei
Fiz um samba-canção
Das mentiras de amor
Que aprendí com você.
Lígia, Lígia.
E quando você me envolver nos seus braços serenos
Eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo
Que um raio de sol
Ligia, Ligia.
sábado, 13 de junho de 2009
EU SEI DA TRISTEZA
Eu sei da tristeza que vejo em teus olhos
E ela vem do silêncio que encontro quando procuro tua boca.
Eu também tenho sonhos e vivo correndo atrás deles,embora já corri também deles.
Olhando aqui da janela essa rua molhada e vazia,penso na vida que não quero mais ter.
Olhando teus olhos perdidos no tempo,
Percebo o quanto a felicidade que procuro está cada vez mais perto.
Mas "temos" medo da dor..."Temos" medo de deixar a felicidade entrar...e "corremos"
E mais uma vez "corremos" de tudo num caminho torto que aos poucos se desencontra.
Eu sei da tristeza que tenho em meus olhos...
E ela não é leal comigo,pois se mostra a qualquer um que chega perto.
E afasta de mim até aquele corpo mais próximo que um dia eu quis ter
Eu sei da agonia que vivo a noite,quando fecho os olhos mas meu coração continua a bater...
E minha alma continua a morrer a cada dia...
E ela vem do silêncio que encontro quando procuro tua boca.
Eu também tenho sonhos e vivo correndo atrás deles,embora já corri também deles.
Olhando aqui da janela essa rua molhada e vazia,penso na vida que não quero mais ter.
Olhando teus olhos perdidos no tempo,
Percebo o quanto a felicidade que procuro está cada vez mais perto.
Mas "temos" medo da dor..."Temos" medo de deixar a felicidade entrar...e "corremos"
E mais uma vez "corremos" de tudo num caminho torto que aos poucos se desencontra.
Eu sei da tristeza que tenho em meus olhos...
E ela não é leal comigo,pois se mostra a qualquer um que chega perto.
E afasta de mim até aquele corpo mais próximo que um dia eu quis ter
Eu sei da agonia que vivo a noite,quando fecho os olhos mas meu coração continua a bater...
E minha alma continua a morrer a cada dia...
Assinar:
Postagens (Atom)